INTRODUÇÃO
Este ano será um ano
de Festa, acção de Graças e Compromisso. A festa da celebração dos 500 anos da dedicação
da nossa Catedral, e o encerramento do Sínodo Diocesano, deverá contribuir para
o compromisso de sermos comunidades cristãs mais belas e renovadas, vivendo a alegria, o entusiasmo e o empenho
das “origens” (At 2, 41-47).
O Sínodo sobre a
Família e o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, anunciado pelo Papa
Francisco, serão dois acontecimentos a enriquecer a caminhada pastoral deste
ano.
Durante a caminhada
sinodal de renovação da nossa Diocese, tivemos a oportunidade de estudar as
quatro constituições do Concílio Vaticano II: Lumen Gentium (que nos apresenta a constituição dogmática da
Igreja); Dei Verbum (a Revelação
Divina e a sua transmissão para o mundo inteiro); a Sacrossanctum Concilium (A Sagrada Liturgia, propõe fomentar a vida
cristã entre os fiéis, adaptar melhor as necessidades do nosso tempo, promover
a união de todos os crentes em Cristo, sendo a liturgia o centro e fonte de
toda a vida cristã); Gaudium et Spes
(a Igreja no Mundo actual, as alegrias e as esperanças, as tristezas e angústias
dos homens de hoje, são as alegrias e as esperanças, tristezas e angústias dos
discípulos de Cristo. O que move a Igreja é continuar sob a direcção do
Espírito Santo, a obra de Cristo que veio ao mundo para dar testemunho da
verdade, para salvar e para servir), e a exortação
Apostólica Evangelii Gaudium, na qual o Papa Francisco, nos aponta a urgente,
mas doce e reconfortante alegria de evangelizar. Olhando para o mundo actual,
com os desafios que nos são postos, é preciso realizar uma pastoral de
conversão a partir do Evangelho, sermos comunidade em saída até as periferias.
A paróquia é uma
célula da Igreja Diocesana, comunidade visível da Igreja, comunidade de fé, de
esperança e de caridade, que dá testemunho da alegria do Evangelho = Evangeliza.
(LG8). A paróquia, como comunidade, é campo de escuta da Palavra, crescimento
da vida cristã, do diálogo, anúncio, caridade generosa, adoração e celebração.
A paróquia incentiva e forma os seus membros a serem agentes de evangelização,
sinal de Cristo no mundo, que vivendo ao jeito da primeira comunidade “perseverantes em ouvir o ensinamento dos
apóstolos, na comunhão fraterna, na fracção do pão e nas orações” acolhe os que saíram ou ainda estão fora, a
integrarem esta mesma comunidade. A paróquia é uma comunidade que estando
atenta aos sinais dos tempos permanece de portas abertas acolhendo e integrando
todos os fiéis, vivendo a Misericórdia. Perante uma sociedade cada vez mais
pluralista, uma sociedade cheia de diversas “feridas” com necessidade de
compreensão, de perdão, de amor, a comunidade cristã é chamada a inserir-se,
cada vez mais, na sociedade, a viver e testemunhar o Evangelho de Cristo, a
redescobrir a MISERICÓRDIA.
A missão de formarmos
uma comunidade à semelhança da primeira, e evangelizadora dos tempos actuais, é
um desafio grande que só o conseguiremos caminhando com o Ressuscitado. Unidos
a Ele, e com Ele a caminhar, fortaleceremos a nossa fé, e vive- la -ema com
alegria, e sairemos fortes, incansáveis e audazes a espalhar a Boa Nova até às
periferias.
Em consonância com o
Plano Pastoral para a Diocese de Viseu, propomo-nos:
I-
Objectivo Geral: “Valorizar o sentido de pertença à sociedade, à família e à Igreja
(Paróquia e Diocese)
II –
Foco Especial: Família e Juventude
II.1- A família, é o santuário da vida, a célula básica da sociedade, o
espaço onde se aprende a conviver na diferença e onde os pais transmitem a fé
aos seus filhos. As famílias são as mais afectadas pela crise profunda e
acentuada da sociedade em geral (EG n.º 66). O matrimónio é hoje, visto com
dificuldade como um compromisso para a vida e com as vidas.
II.2- A Juventude, “mora no coração da Igreja”. A contrastar a Igreja “em
saída”, temos os jovens a “sair” da Igreja, geralmente após o sacramento da
Confirmação. A paróquia precisa de abertura para incentivar a presença e a
actuação dos jovens cristãos. Eles têm ousadia e destemor para vencer a
comodidade e dar testemunho da vivência cristã numa sociedade de
contraste.
III – Objectivos Específicos:
1º. - Proporcionar e
valorizar todos momentos de encontro com o Ressuscitado, através dos momentos
de adoração e oração, vivência e participação na eucaristia e restantes
sacramentos, com um maior cuidado na preparação dos sacramentos do Baptismo,
Crisma e Matrimónio.
2º.- Ir ao encontro
das famílias e jovens, proporcionando realização de experiências de fé,
realizando actividades com motivação, adequadas, com espiritualidade que
impregne a vida e se torne desejável. Só há conversão se nos encontrarmos
verdadeiramente com o Ressuscitado.
3º.- Com o
Ressuscitado fazer festa, tendo em conta os acontecimentos relevantes das
comunidades e diocese, como aniversários de casamento, festas dos padroeiros, o
aniversário dos 500 anos da dedicação da Igreja Catedral de Viseu e o sínodo
diocesano.
4º.- A partir do
encontro com o Ressuscitado, viver o acolhimento e o compromisso em favor de
todos, aceitando o desafio do Papa Francisco de ir às periferias, testemunhar
no quotidiano o Ressuscitado, mostrando o amor do Pai, tornando-nos uma
comunidade de portas abertas e coração misericordioso.
A Palavra de Deus é a
fonte que nos guiará até ao encontro com Jesus Cristo. Ao fazermos da alegria
do Evangelho e da misericórdia, a nossa missão, a presença irradiante da
esperança cristã renovará e animará o rosto terno e materno da Igreja de Viseu.
Peçamos a Deus que nos
fortaleça com o Espírito Santo, Ele que age sem O vermos, mas nos impulsiona, a
acolher, a rezar a Palavra que salva, a escutar os sinais dos tempos, a discernir
caminhos, a amarmo-nos e unificarmo-nos, construindo a família de Deus.
Cristão convosco e ao
vosso serviço, peço de Deus a abundância dos seus dons e misericórdia para
todos.
Pe.
José António M. Almeida
METODO DE EXECUÇÃO
Anúncio da Fé; Celebração da fé;
Fraternidade; Comunidade
A fé é um
dom de Deus! Começa-se a ser Cristão pelo encontro com um acontecimento, com
uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso uma orientação
decisiva. A adesão a Jesus implica anúncio, apresentação, proclamação, em todas
as épocas, idades e núcleos ambientais (família, escola, sociedade…).
- Anúncio da fé:
Jesus
Cristo, o grande missionário do Pai, envia, pela força do Espírito, os seus
discípulos em constante missão (Mc16,15). Quem se apaixona por Jesus Cristo
deve transbordar Jesus Cristo, no testemunho e no anúncio da sua Pessoa e
Mensagem.
A missão
da comunidade requer anúncio explícito da boa nova de Cristo, o querigma: Anunciar Jesus Cristo,
Crucificado e Ressuscitado. Actualmente é urgente sair ao encontro das pessoas,
famílias, jovens, de todos, da comunidade… para lhes comunicar o dom do
encontro com Cristo.
- Valorizar as diversas formas de anúncio e
desenvolvimento do itinerário formativo da caminhada de fé nas várias etapas:
Catequese
da Infância e Adolescência
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É a base
e início da vida de fé do cristão – urgente reavivar, enriquecer, dinamizar
|
Jovens – Futuro da sociedade
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Os
jovens, que saem com frequência da Igreja após o Crisma, precisam de quem vá
ao seu encontro, proporcionando actividades que os ajude a ficar e a
integrarem-se na Igreja
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Sacramentos
da Iniciação Cristã e Matrimónio
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Enriquecer
a preparação destes sacramentos com todos os intervenientes para que sejam
encontros a vivificar e fortalecer a fé.
Valorizar
o matrimónio. A família tem um papel importante na sociedade e na Igreja.
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Família
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Dar
continuidade, alargar, e dinamizar a pastoral familiar.
Procurar
integrar e envolver as famílias nas acções pastorais, a começar pela
catequese, criando mais interacção com os catequistas na educação das
crianças.
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Escola
de Leigos
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Oportunidade
de continuação do enriquecimento da nossa caminhada de fé. Formação de
adultos.
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Formação
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Proporcionar
momentos de formação para todos os agentes pastorais nos diversos
ministérios;
Divulgar
e incentivar a participação nas formações inter-paroquiais e diocesanas
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- Celebração da Fé
Deus dá-Se
a conhecer no diálogo que estabelece connosco. A Palavra Divina, pronunciada no
tempo, deu-Se e entregou-Se à Igreja definitivamente para que o anúncio da
salvação pudesse ser eficazmente comunicado em todos os tempos e lugares. O
actual momento da acção evangelizadora convida o discípulo a redescobrir o
contacto pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de
encontro com Jesus Cristo.
O
discípulo escuta, acolhe e pratica a Palavra Divina. A comunidade cristã vive a
Eucaristia: ”A fé da Igreja é essencialmente fé eucarística e alimenta-se de
modo particular, à mesa da Eucaristia.
- Celebrar, rezar e escutar a Palavra de Deus
proporcionando o encontro com Cristo, rosto do Pai da Misericórdia:
Acolhimento
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Valorizar
o acolhimento e preparação digna das celebrações dos sacramentos e outras
festas e orações.
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Palavra
de Deus
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*Incentivar
à leitura e reflexão da Palavra de Deus,
criando
pequenos grupos que façam a leitura orante da Palavra (família, amigos);
*Valorizar
a Palavra de Deus na catequese;
*Cuidar
e valorizar da Palavra de Deus na Liturgia, preparação dos leitores;
* Fazer
um curso Bíblico intensivo.
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Sacramento
da Reconciliação
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Valorizar
e redescobrir a beleza do sacramento da reconciliação – o reencontro e
acolhimento do Pai Misericordioso
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Oração
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*Continuar
com as adorações Eucarísticas (todas as sextas feiras de manhã na
Misericórdia; antes das Missas Semanais na Ínsua e Esmolfe e primeiras sextas
feiras em Sangemil após a Eucaristia), procurando maior participação;
*criar o
dia da adoração das crianças, dos jovens, das famílias, com a realização das
24h de adoração pedidas pelo Papa Francisco
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Ir ao encontro
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Procurar
envolver outras pessoas a participar e a integrar os diversos ministérios,
nos momentos de oração
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- Fraternidade
Os membros
da comunidade tratavam-se como irmãos, distinguindo-se de todas as outras
pessoas. Desenvolveram a prática do jejum, por meio do qual os cristãos
destinavam aos pobres tudo o que deixavam de consumir, sustentando muitas obras
de caridade.
Ao ir até
as profundezas da existência humana, o discípulo abre o seu coração a todas as
formas de vida ameaçada, em risco ou extrema pobreza desde o início até à morte
natural.
- Estar atentos às diversas formas de pobreza
que vão surgindo; ir ao encontro de todos e acolher com misericórdia. Hoje a
pobreza lança grandes desafios à Igreja.
Roupeiro
Comunitário
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Continuar,
divulgar e dinamizar
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Obras de
Misericórdia
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Redescobrir
e praticar as obras de misericórdia
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Pobres e
frágeis
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*Estar
atentos à pobreza e às pessoas frágeis, cuidando da sua dignidade e do bem
integral de todos;
*visitar
os idosos e os doentes;
*estar atentos
à realidade das crianças e jovens chegando às necessidades das famílias
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Voluntariado
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Promover
o voluntariado
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- Comunidade
O
discípulo missionário de Jesus Cristo faz parte do Povo de Deus e vive a fé em
comunidade. A dimensão comunitária é intrínseca ao mistério e à realidade da
Igreja, que deve reflectir a Santíssima Trindade. A comunidade acolhe, forma e
transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta. Na
exortação E.G. o Papa confirma que a paróquia é “comunidade de comunidades,
santuário onde os sedentes vão beber para continuar a caminhar, é centro de
vivência, testemunho e envio.
- Promover a comunhão Paroquial/
Interparoquial/ Arciprestal e Diocesana:
Ministérios
da Pastoral (catequistas, animadores da liturgia, ministros da comunhão,
Confrarias…)
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Realizar
encontros e acções de formação e convívio em conjunto;
participar
e colaborar nas acções e actividades das paróquias – tornando-se “O sal da
terra e Luz do mundo”
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Comunhão
Fraterna
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Favorecer
e promover a comunhão com a colaboração e participação em acções
interparoquiais, arciprestais e diocesanas
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Comunidade
em ação
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Dia da
Família
Dia da
juventude
Semana
das Vocações
Semana
das Missões
Ida à Sé
de Viseu nossa Catedral,
Celebração
dos 500 anos da Diocese 23/07/2016
Encerramento
do sínodo e estudo das Constituições
Peregrinação
a um Santuário – indulgência
Dia da
Padroeira e Peregrinação Diocesana a Fátima
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Meios
informativos e formativos
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Jornal: O Penalvense
Blogue: terrasdecastendo.blogspot.com
Folha
semanal: Elo de Comunhão
Facebook:
Paróquia Ínsua
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Oração
Senhor
Jesus, nosso Bom Pastor!
Confiando
em Ti
e tendo a
certeza da Tua vontade e apoio,
Organizamos
este Ano Jubilar 2015-2016,
Para
celebrar a Tua Presença
na nossa
Igreja de Viseu.
Sabemos
das nossas dificuldades em Te seguir!
Contamos
com a Tua paciência em nos chamar!
Acreditamos
no Teu amor em nos acolher, sempre!
Obrigado
pelos sinais da Tua presença.
Continuamos
a esperar
Na Tua
graça e salvação.
Dedicada a
Maria, Tua e nossa Mãe,
A Catedral
é a visibilidade da ternura
e
paciência da Mãe e do Filho,
a
estimular o nosso caminho,
seguindo-Vos
e indo até às periferias,
levando a
Vossa Palavra
e o Vosso
Amor,
Dizendo a
todos:
Deus é
Pai, Maria é Mãe,
Jesus é
Salvador….
Obrigado
por estares
E contares
connosco!
A Vós
honra e glória
Para
sempre. Amen!
Ilídio – Bispo de Viseu