PARA REFLECTIR...

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 Após a Solenidade do Corpus Christi, esta sexta feira, a Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus.
O Sagrado Coração de Jesus é a imagem do amor de Jesus por cada um de nós: "aberto o seu coração divino, no calvário pela lança do soldado, derramou sobre nós torrentes de graças e misericórdia" 

Somos convidados a retribuir a Jesus este amor, vivendo segundo a sua vontade, seguindo o exemplo de alguns santos:
S. Paulo (Gl 2,20) - "Eu vivi na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim"
Stº Agostinho: " Vosso coração, Jesus, foi ferido, para que na ferida visível contemplássemos a ferida invisível do vosso grande amor".
Jesus revelou o desejo da Festa ao seu Sagrado Coração às religiosa Santa Margarida Alacoque, na França, mostrando-lhe o "Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado", prometeu a graça da conversão final a quem fizesse a comunhão reparadora durante nove sextas feiras de cada mês seguidas e sem interrupção.

O Papa Pio XII, afirmou que tudo o que Santa Margarida declarou: "estava de acordo com a nossa fé católica"
O Papa Clemente XIII, aprovou a Missa em honra do Coração de Jesus e, Pio X em 23 de Agosto de 1856, estendeu a Festa a toda a Igreja para ser celebrada na sexta-feira seguinte à festa do Corpus Christis.
O Papa Leão XIII, consagrou o mundo ao Coração de Jesus.
Em Portugal o pedido para a realização desta festa foi feito pela Rainha D. Maria I, em 1777, que foi aceite pelo Papa Pio VI.

Hino da Liturgia das Horas



Ó Redentor do mundo,
 Imagem de Deus Pai,
 Luz da eterna Luz,
 Ouvi a nossa voz.

Na Cruz estende os braços
Para que vossos irmãos
Sejam um só rebanho,
 Tenham um só Pastor

Do Coração aberto
Corra o manancial
Dos mistérios pascais
Da nossa redenção.

Louvor e glória a Vós, Jesus,
Filho Unigénito,
E ao Pai e ao Santo Espírito,
Agora e para sempre.


JESUS EUCARÍSTIA

A Eucaristia é o presente de amor que Jesus nos deixou como alimento

A Eucaristia é o sacramento do seu corpo e sangue dados a nós como alimento. Foi na "hora de passar deste mundo para o Pai" que Jesus instituiu a Eucaristia como sinal da sua presença entre nós. Corpo entregue, sangue derramado por toda a humanidade. No sinal do pão, este santo sacramento torna viva e permanente a presença do Amor nos sacrários das nossas Igrejas e dá por cumprida a promessa que fez aos Apóstolos: "Não vos deixarei órfãos". E mais concretamente: "Eu estarei sempre convosco até o fim dos tempos". 

Jesus quis manter-se junto de nós, não nos deixou sós. Permanece realmente presente nos sacrários de tantas igrejas. E nós lembramo-nos que Ele está ali no sacrário? Lembramo-nos de quanto tempo Ele passa só, e de quantas vezes passamos à porta e não entramos…?



Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima

No dia 24, domingo de Pentecostes, a imagem de Nossa Senhora de Fátima esteve em Penalva do Castelo. Nossa Senhora, a mãe que Jesus nos deu, veio visitar as comunidades do Arciprestado de Penalva do Castelo. Foi uma grande graça ter a Sua presença no meio de nós a um domingo e no dia de Pentecostes. Maria, para além de mãe de Jesus foi desde o primeiro instante a sua primeira discípula: "fazei o que Ele vos disser...", (nas bodas de Caná, início da vida pública de Jesus). Foi aos pés da cruz onde estava suspenso o seu Filho, e o seu coração dilacerado com a dor do Filho, que escutou o Seu pedido: "Mulher eis aí o teu filho. .... e ao discípulo amado Jesus disse: Eis aí a tua mãe". Jesus sentiu o amor de mãe, e porque nos ama tanto Ele não podia partir sem nos deixar a Sua Mãe. Desde aquele momento Maria passou a ser a Mãe de todos nós.
Uma Mãe que correu para chegar até nós, chegou mais cedo que a hora prevista, mas acolhida com muito carinho e saudade.

Depois de alguns cânticos, foi feita uma saudação pelo Pe. José António, em nome de todo o Arciprestado:

Hoje, trago as paróquias do Arciprestado de Penalva do Castelo na voz. Sou o eco destas comunidades que se vestiram de amor para receber a Vossa Imagem que, peregrinou até nós. Maria, Mãe peregrina, que veio ao encontro de todos, pequeninos e mais crescidos. Maria veio como Peregrina, peregrina de Deus e peregrina dos homens. Queria conhecer as palavras certas para agradecer a Vossa presença no meio deste povo. A minha voz, é voz de um povo que, saiu à rua, enfeitou as varandas e, de joelhos, acolhe a Vossa mensagem.
Queria saber desenhar imagens novas para dizer da fé, do empenho, da generosidade destas comunidades.
A minha voz traz a força da toada dos rosários rezados com a vida. Traz a alegria da Festa e a esperança da bênção trazida pela Mãe.
A minha voz traz as mãos do trabalho árduo da terra que nos alimenta e de onde colhemos o bom vinho, a maçã e o queijo que tanto nos engradece. Traz as mãos do trabalho dos pais para terem sustento para as suas famílias.
A minha voz traz um abraço de filhos, que corre à procura do aconchego e terno colo da mãe, que já está à sua espera cheia de amor.
A minha voz traz as dores e as solidões, os sucessos e os medos, a paz que se procura ter sempre em casa e se guarda no peito. E é silêncio.
O silêncio que ficou preso no pensamento, no coração, agarrado na garganta...
O silêncio que ficou nos doentes e idosos que não podem vir ao Vosso encontro.
Talvez seja saudade, o que a minha voz traz hoje. Saudade de Te louvar e agradecer, de rezar ou falar, saudade de te ver nesta imagem peregrina.
A Vossa Imagem irá congregou-nos à volta do altar. No altar onde estará realmente presente o Vosso Filho Jesus, que trouxeste ao mundo e O deste a conhecer dizendo: “fazei O que Ele vos disser”. O olhar de Deus está nos vossos olhos de Mãe. Mãe, amor de Deus explicado aos homens. Amor total e incondicional por nós. 
Hoje, a minha voz é a voz do Arciprestado de Penalva do Castelo. É voz de alegria emocionada.
Tem lágrimas a casear as palavras. É voz de quem sabe que a Imagem no final do dia vai, mas que a Mãe não. Mãe, faz deste nosso espaço a Tua casa. Fixa, de novo, em cada manhã, os nossos olhos e diz, outra vez: “Fazei o que Ele vos disser”.
Hoje, junto a minha voz a este povo a dar graças a Deus porque nos deixou, para sempre nas nossas vidas, a Sua Mãe. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós!

Seguiu-se a procissão com a oração do terço até à igreja da Misericórdia


 

Ao longo de todo o dia, quer em grupo, em família ou individual, foram muitos os que mantiveram a igreja cheia. "Rezai o terço todos os dias", foi o pedido de Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima. Durante este dia, em grupo, em família, individualmente, o terço foi rezado inúmeras vezes. Foram inúmeros os olhares que se cruzaram com o olhar de Nossa Senhora, algumas lágrimas saltaram nos nossos olhos. Muitos silêncios, muitos segredos, muitas conversas de filhos para a mãe que se foram sentindo ao longo de todo o dia.


Pelas 20,30h, iniciou-se a Solene Eucaristia no largo em frente da igreja, muitos acorreram, para celebrar o grande Amor de Jesus por nós - a Eucaristia, junto de Sua e nossa mãe. Todas as paróquias do arciprestado, estavam representadas com os seus párocos, algumas famílias, fieis, irmandades...

No final da Eucaristia, todos fizemos a consagração previamente distribuída numa pagela:

Seguiu-se a procissão de velas, com a oração do terço. cada mistério deste terço foi pedido por uma criança, um jovem, uma família, um doente, um catequista, representado as diferentes idades e ministérios das comunidades. Cada um agradeceu e pediu a Maria a sua protecção e auxílio.


  







Terminando todas as celebrações com o envio.... 

Maria cheia de Graça, Santa Mãe de Deus, e nossa Mãe! Ao vosso Imaculado Coração, pleno de Amor, consagro todas as nossas comunidades: o nosso ser e toda a nossa vida, com as suas alegrias, sofrimentos, sonhos, trabalhos e esperanças.
Maria-Mãe, Esposa de José, a vós consagro as nossas famílias. Guardai-as na ternura do vosso Coração, para que cresçam sempre no amor e eduquem os seus filhos nos valores que promovem e dignificam a pessoa humana. Que a sua fidelidade ao matrimónio, o seu amor conjugal e a abertura à vida, sejam um testemunho luminoso do amor de Deus no Mundo. Lembro particularmente as que estão feridas pela dor e desunião.
Senhora da Alegria, a vós consagro as crianças, que alegram as famílias e as nossas comunidades. Protegei-as e envolvei-as a todas na ternura do vosso abraço de Mãe, especialmente as que vivem com dificuldades. Que tenham sempre alegria de viver e de crescer em sabedoria, estatura e graça, como Jesus Menino.
Maria de Nazaré, a vós consagro os nossos adolescentes e jovens, inquietos e sonhadores, esperança da Igreja e da Humanidade. Que a família e a comunidade eclesial os ajudem a discernir a sua vocação humana e cristã, e que eles saibam responder com generosidade à Voz de Deus.
 Senhora das Dores, que de pé junto à Cruz, acompanhastes o vosso Filho no sofrimento e na morte, a vós consagro os idosos e doentes, que experimentam a solidão, o limite e a fragilidade. Consolai-os e fortalecei-os! Que eles não desanimem, mas compreendam o sentido redentor do sofrimento à Luz do Mistério Pascal de Jesus.
Mãe de todos os povos, acolhei esta humanidade que trabalha, luta e procura construir um mundo mais humano e mais fraterno, e estende para vós as suas mãos suplicantes. Ao vosso Imaculado Coração consagro os governantes locais, as instituições públicas e privadas, educativas e sociais, culturais e desportiva. Que todos se abram à Luz do Espírito Santo, Fonte de Sabedoria, e sirvam a comunidade humana e o bem comum, na verdade, na justiça e no amor.
Mãe da Igreja, ao vosso Coração Imaculado nos consagramos, nós sacerdotes ao serviço destas comunidades, os delas naturais assim como todos os religiosos. Que todos se entreguem, com renovado empenho e fidelidade a Cristo e testemunhem a unidade e a comunhão eclesial. Em Vós, Mãe, encontrem conforto nas horas de desalento, fortaleza para o serviço e alegria para anunciar Cristo.
Maria, Mulher de fé, humilde serva do Senhor, a vós consagro os crentes e não crentes, os que vacilam na fé e procuram, por outros caminhos, a verdade e o sentido da vida.
No vosso Coração Imaculado, acolhei-nos, ó Maria! Rainha da Paz, Senhora Peregrina de Fátima, que vos dignastes descer à terra portuguesa, a vós consagro as nossas paróquias, com os seus movimentos, associações, grupos e todos os agentes de pastoral. Acolhei e abençoai o seu serviço dedicado e generoso, ajudai-os a superar as dificuldades e a enfrentar, com criatividade e ousadia, os desafios da nova Evangelização.
Senhora de Fátima, Padroeira do nosso país, hoje consagramos todo este povo ao vosso Imaculado Coração, e os nossos emigrantes, que, cresceu sob a ternura do vosso olhar de Mãe e vos dedica um singular amor filial. Mãe Imaculada, Senhora da Conceição, nós vos damos graças pelos dons recebidos, nesta vossa visita à nossa terra! Guardamos no coração a vossa Mensagem de Amor, Paz e Alegria, e o convite urgente à conversão, a viver o Evangelho de vosso Filho. De coração agradecido, convosco cantamos o “Magnificat”: “A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!”
Amén! No vosso Coração Imaculado, acolhei-nos, ó Maria!

Um dia de muitas emoções e manifestações de fé ao Imaculado Coração de Maria. Que a presença da Imagem Peregrina tenha revigorado em todos a alegria da fé, o desejo de seguir Jesus Cristo e viver o seu grande mandamento - O AMOR. Que Nossa Senhora nos abençoe a todos e interceda junto de Seu Filho por todos para que sejamos muito mimados com as Suas Graças.