PARA REFLECTIR...

Ano Santo da Misericórdia

As duas datas indicativas para este Ano Santo da Misericórdia são o 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição, marcado pela abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro e 20 de Novembro de 2016, Solenidade de Jesus Cristo, Senhor do Universo, que é a conclusão do Ano Santo. Entre estas duas datas realiza-se um calendário de celebrações com diferentes eventos. Pela primeira vez, na história dos Jubileus, é oferecida a possibilidade de abrir a Porta Santa – Porta da Misericórdia – nas próprias dioceses, particularmente na Catedral ou numa igreja especialmente significativa ou um Santuário nomeadamente importante para os peregrinos.

A história dos Jubileus é caracterizada pelos ritmos de 50 e 25 anos. Os dois Jubileus extraordinários respeitaram a data do aniversário da redenção realizada por Cristo (1933.1983). Este é, por seu lado, um Jubileu temático. Assenta fortemente no conteúdo central da fé e pretende recordar à Igreja a sua missão prioritária de ser sinal e testemunho da misericórdia em todos os aspectos da sua vida pastoral. É importante recordar, o apelo feito pelo Papa Francisco aos Judeus e aos Muçulmanos para encontrar no tema da misericórdia o caminho do diálogo e da superação das dificuldades que são de domínio público.
Como o Papa Francisco escreveu: “Neste Ano Jubilar, que a Igreja se faça eco da Palavra de Deus que ressoa, forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor. Que ela nunca se canse de oferecer misericórdia e seja sempre paciente a confortar e perdoar. Que a Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: «Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre»” Depois de atravessar a Porta Santa ou a Porta da Misericórdia, ou que se tenha verificado uma das outras circunstâncias que o Papa Francisco concedeu para que se possa obter a indulgência (por exemplo, para os doentes, para os presos e para quem realizar uma obra de misericórdia), para além das habituais condições que exigem um coração disponível para que a graça possa trazer os frutos desejados, os fiéis deverão deter-se em oração para realizar os últimos actos necessários: a profissão de fé e a oração pelo Papa e pelas suas intenções. Esta oração será, pelo menos, um Pai-Nosso.
Nas Igrejas Matriz de Esmolfe, Ínsua e Trancozelos, e na Igreja da Misericórdia é exteriormente visível a comunhão e vivência deste ano jubilar através das tarjas já colocadas no exterior das Igrejas, nestas podemos ver o logótipo que representa uma suma teológica da misericórdia e do lema que acompanha este ano de jubileu.

A imagem, muito querida da Igreja primitiva, indica o amor de Cristo que realiza o mistério da sua encarnação com a redenção – mostra o Filho que carrega aos seus ombros o homem perdido. O desenho é feito de tal forma que realça o Bom Pastor que toca profundamente a carne do homem e o faz com tal amor capaz de lhe mudar a vida. Além disso, um detalhe não é esquecido: o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do homem. Cristo vê com os olhos de Adão e este com os olhos de Cristo. Cada homem descobre assim em Cristo a própria humanidade e o futuro que o espera. A cena é colocada dentro da amêndoa, também esta é uma figura cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas naturezas, divina e humana, em Cristo. As três ovais concêntricas, de cor progressivamente mais clara para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro lado, a profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai que tudo perdoa.

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